quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O que os olhos não vêem, o coração não sente

Adoro o fato de que moro perto de árvores, é um bom pedaço de verde que traz o cheiro de terra molhada, o barulho da chuva nas folhas, o vento fresco e... bichinhos.  Eles entram talvez para fugir do calor, embora eu acredite que lá no mato está mais fresco, e não se importam com nossa indignação. Já recebemos a visita de cigarras, piolhos de cobra, abelhas e (damn it) baratas. Por mais que eu tenha nojo de alguns, o grande problema é na abordagem, afinal como saber para que lado o sujeitinho irá se mover? Como diz PL, ”está olhando pra cá e voa pra lá”. São presenças desconfortáveis. Certa vez, em outra casa, um grilo do tamanho de um gato me obrigou a ficar trancada no quarto. A minha estratégia é jogar um pano em cima e esquecer que aquilo está ali até que alguém com menos asco faça algo. Se eu não puder ignorar a presença do ser, sua manipulação terá a trilha sonora de gritinhos de nervoso (eu sempre me acho ridícula quando chego neste ponto). Em resumo: se o bicho apenas anda ou rasteja, varra para o lixo; se voa, cubra com algo pesado o suficiente para mantê-lo lá até alguém menos fresco chegar... ou jogue fora com cobertura e tudo. Em seres alados, nunca confie que a direção da cabeça define a trajetória de vôo.
;)

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